Hoje eu não vou falar de nada,
só quero estar por perto,
para ver o que despertam
as palavras dos meus versos.
Sei que ficam no balanço,
enquanto uma empurra a outra canta
e vão escorregando nas vírgulas
e se perdendo nos finais
de cada ponto do acalanto.
Enquanto cantam,
fazem rimas com o riso,
que despertam nos passantes.
Quem mais se diverte
é a Felicidade,
que sorri para o Amor,
que desce pelo escorregador,
deixando o Desejo
morrendo de vontade
de dar beijos na Saudade,
que se balança com vontade,
naquele vai e vem,
deixando a todos estonteados,
com toda a sua espontaneidade.
Todas querem brincar
com a Saudade e fazer dela
a palavra mais importante,
para lembrarem desse dia
em que fizeram tanta estripulia,
sem se preocupar com o que diria
a dona desses versos,
se ainda
estivesse por perto.
Débora Benvenuti
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